Autor: rizoma
Moção de Apoio aos estudantes da USP
Nós estudantes e trabalhadores prestamos através desse documento nossa Solidariedade aos estudantes e trabalhadores da USP que nos últimos meses e em especial nos últimas semanas vêm sendo atacados pela Universidade de São Paulo (USP). Já são mais de 85 estudantes e trabalhadores da USP sofrendo processos criminais e administrativos, que podem levar a sua expulsão e eliminação dos quadros da Universidade, pela sua participação na Ocupação da Reitoria e da Ocupação da chamada Moradia Retomada. A postura repressiva e autoritária por parte do governo do Estado de São Paulo e da Reitoria da USP contra a luta que os estudantes e os trabalhadores da USP vem travando pelo fim do convênio entre a USP e a Polícia Militar e pela democratização dos espaços da Universidade, apenas demonstra os resquícios ditatoriais e anti-democráticos de nossas instituições e dos governos dito representativos, que defendem os interesses das classes dominantes e não do conjunto do povo, dos oprimidos. É por isso que repudiamos a postura da reitoria da USP e nos solidarizamos com a luta legítima dos estudantes e trabalhadores daquela Universidade.
Pela descriminalização das lutas populares!
Abaixo os processos criminais e administrativos contra os estudantes e trabalhadores da USP!
Solidariedade de classe ontem, hoje e sempre!
Tendência Estudantil Resistência Popular – RS
Tendência Sindical Resistência Popular – RS
Centro Acadêmico de Serviço Social – UNISINOS
Diretório Acadêmico de Ciências Sociais Florestan Fernandes – UNISINOS
Rádio Comunitária A Voz do Morro – RS
Rádio Comunitária Quilombo – RS
Programação do 2°EEL
Tema: Organização libertária para o M.E. (tirado no 1°EEL)
sexta 27.abril
Noite: Festa Liberta-te!
sábado 28.abril
10h – Conversa sobre segurança do Encontro e questões organizativas
11h – Mutirão de limpeza
12h – Almoço coletivo
14h – Abertura e apresentação; Balanço das experiências pós 1º Encontro
16h30’ – Intervenção libertária em MS e ME (Convidado: OPA/OASL)
19h – Jantar coletivo
20h – Protagonismo da mulher nos espaços libertários (Convidadx: Minas Terrestres e Anastácia Livre)
22h – Sarau
domingo 29.abril
10h – Oficinas
- Cultura Livre: Rádios Livres, Software Livre, ferramentas alternativas online e segurança na rede (Responsável: Coletivo Diabolô e Rádio Várzea)
- Oficina de Auto-defesa (Responsável: CASO)
- Roda de conversa sobre a Rio+20 e a Cúpula dos Povos (Responsável: CASO)
12h – Almoço coletivo
13h – Espaços estudantis autogestionados e Universidade Livres (Convidadxs: Biblioteca Terra Livre e Ativismo ABC)
16h – Debate sobre ME (UNE, ANEL, RECC – conjuntura regional/nacional)
20h – Jantar coletivo
21h – Filme-debate sobre a conjuntura internacional do M.E.- “A revolta dos pinguinos”, de Carlos Pronzato sobre a luta do movimento secundarista e universitário do Chile. O vídeo tem 35 min.
segunda 30.abril
10h – PNE em discussão
12h – Almoço coletivo
13h – Plenária
17h30’ – Oficina de Body Art
20h – Jantar coletivo
22h – Atividade de encerramento: Peça de teatro com o grupo Bando o Texto Perdeu-se (e o Bacalhau também)
terça 1º.maio
manhã – mutirão de limpeza do espaço e depois participação no ato de 1º de maio na Sé
https://eel.milharal.org/ – Blog do encontro
Agenda 23.04 – 27.04
Próxima Reunião: 24.abril (terça-feira) às 17:30 no CAC (Artes cênicas, em frente a lanchonete)
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23.abril segunda 18h – Reunião da Campanha Contra Repressão na sala 09 da geo/hist
26.abril quinta 18h – Ato-debate da Campanha Contra Repressão Política na USP (lançamento) no Anfiteatro da Geografia
27.abril sexta 20h – FESTA DE ABERTURA DO 2°EEL na ECA
28.abril a 01.maio – 2° Encontro de Estudantes Libertárixs na USP
Evento no facebook: https://www.facebook.com/#!/events/334841753239628/
Primeiro cartaz de divulgação: https://rizoma.milharal.org/files/2012/04/cartaz_encontroestudanteslibertarios.jpg
Moção de apoio aos processados (Geo-USP)
No dia 08/11, o governo do Estado de São Paulo e a Reitoria da USP foram responsáveis pela prisão de 73 ativistas do movimento estudantil e sindical que protestavam pela retirada da Polícia Militar da USP, a anulação do convênio entre a USP e a Polícia Militar assinado em setembro de 2011 e o fim dos processos administrativos e judiciais contra ativistas do movimento estudantil e sindical da universidade. Concordando-se, ou não, com o método de luta utilizado ou com o mérito da causa defendida, o fato é que o indiciamento dos manifestantes, ainda mais considerando a força policial totalmente desproporcional que foi utilizada, representa uma forma de criminalização da política, uma repressão aos movimentos sociais, um atentado à democracia e uma agressão aos Direitos Humanos, visto que a Declaração Universal, de 1948, garante a liberdade de opinião e de expressão (art. 19), preconizando que cumpre ao Estado de Direito respeitar o exercício da ação política de natureza reivindicatória, “para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”.
Junta-se a isto, uma segunda ação de criminalização da política promovida dentro da USP: a reitegração de posse de parte do bloco G do CRUSP – conhecida como “Moradia Retomada” -realizada no dia 19 de fevereiro. Esta também contou com um contigente policial desproporcional, e teve como saldo a detenção e o indiciamento criminal de mais 12 pessoas. Estas duas agressões a liberdade política resultaram, além dos processos criminais citados, em processos administrativos internos com ameaça de expulsão. Temos desde já, 6 pessoas eliminados da universidade devido a ocupação do bloco G, e mais de 10 processos em andamento contra pessoas envolvidas nos dois covardes episódios.
Além destas perseguições aos estudantes da Universidade de São Paulo, temos também a informação veiculada pela reitoria da USP sobre interpelação judicial contra dez professores, todos eles diretores da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo, em decorrência de supostas afirmações a eles atribuídas, publicadas no editorial do jornal O Estado de São Paulo, de 25/02/2012, acerca de como a atual administração emprega as verbas dessa instituição.
Nós, estudantes de geografia em assembleia, nos declaramos contrários à criminalização e a perseguição interna aos 85 presos políticos da USP, aos 10 docentes, e aos diretores do SINTUSP, que se insere no contexto do imoral e desproporcional processo persecutório, totalmente contrário ao interesse público, que se instaurou no seio da maior universidade pública da América Latina por obra do atual Reitor. Solicitamos a anulação destes inquéritos, bem como a retirada dos processos anteriores a estudantes e funcionários da USP. São essas atitudes que cerceiam a possibilidade de organização d@s estudantes bem como a produção de pensamento crítico e prática política contestatória dentro do ambiente universitário.
Geografia USP