Ato na USP denuncia omissão sobre urbanização de bairro

retirado de: http://carosamigos.terra.com.br/index/index.php/cotidiano/2786-ato-na-usp-denuncia-omissao-sobre-urbanizacao-de-bairro

Protesto reuniu cerca de 300 pessoas, entre eles, moradores do bairro

Por Gabriela Moncau
Caros Amigos

AtoUSP-iCerca de 300 pessoas – entre moradores do Jardim São Remo, estudantes, professores e funcionários da USP – se manifestaram dia 22 de novembro em frente à reitoria da universidade. O ato, organizado pela Associação dos Moradores da São Remo, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), entidades do movimento estudantil, Movimento Luta Popular, Núcleo de Consciência Negra da USP e Comitê contra o Genocídio da População Negra, denunciou a repressão policial dentro e fora dos muros da universidade, a perseguição da reitoria a trabalhadores e estudantes do movimento e a resistência em tornar público qual o projeto de urbanização pelo qual a comunidade do Jardim São Remo será submetida.

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2012: O ano da Universidade sem movimento que não ia se adaptar…

Versão em pdf; 2012: O ano da Universidade sem movimento que não ia se adaptar…

O ano de 2012 iniciou-se com grandes expectativas: embalado pelas duas ocupações e a greve do final de 2011, o movimento teve um começo de ano atípico com assembleias (de curso e geral) cheias que tinham como pauta principal a continuação da mobilização. Pode-se até dizer que acreditamos que dessa vez o movimento ia para frente. Doce ilusão.

Não demorou muito para o setor eleitoreiro do movimento preparar o terreno perfeito para sua melhor performance. Um verdadeiro circo foi montado a partir de sua atividade preferida, aquela que os mobiliza e os faz vibrar, chorar de alegria e tristeza: a eleição. Quase sem intervalos emendaram uma na outra, confundiram as do M.E. com as Municipais, se aliaram aqui, brigaram ali, e pouco se importaram para o recado que todos tentaram passaram – a descrença na Democracia Representativa, o resultado: no lugar do ano da luta contra a PM, Rodas e os processos, o ano das eleições incontáveis.

Foram eleições a perder a conta: para DCE, CA’s, delegados para o XI (iiiii…) Congresso, Município – contamos essa porque muitos estudantes preferiram agitar bandeiras de seu partido e colar adesivozinhos na camiseta a ir apoiar seus colegas que estavam prestando depoimentos por causa dos processos administrativos –, RD’s da FFLCH, CA’s de novo e DCE de novo, e não se surpreenda se esquecemos alguma, pois esse ano foi de fato o ano das “Grandes mobilizações”… eleitorais.

Grandes eleições de grandes promessas, grandes chapas, grandes urnas, mas movimento pequeno. Tivemos o privilégio de testemunhar o alcance das palavras, da força das ideias: 13 mil votos para DCE, com mais de 300 diretores eleitos, quase 200 delegados no XI Congresso, todas as cadeiras de RD’s da FFLCH preenchidas, nenhum ato com mais de 600 pessoas, mais de 80 processos contra estudantes e trabalhadores, continuação do convênio PM/USP, reintegração de posse da Moradia Retomada, DCE ocupado, reurbanização das favelas próximas a USP, BUSP, câmeras, proibição da entrada de cervejas, perpetuação e aumento do poder e influência de Rodas. É explícito o quão saturado o movimento está de urnas, e a incapacidade destas de nos trazer avanços e mudanças… Todavia, o que mais é de se impressionar é que esta ainda é nos apresentada praticamente como a única possibilidade política do movimento… Espera-se que a salvação venha das urnas, sem perceber que estas fazem parte da miséria a qual se pretende superar. Tentam exaustivamente “curar miséria com mais miséria”.

Provaram mesmo que depois da tempestade vem a bonança, da agitação o marasmo, da luta a eleição. Só nos resta provar que a recíproca também é verdadeira: depois da bonança à tempestade, do marasmo à agitação, da peleguice à luta.

Rizoma – tendência libertária e autônoma
rizoma@riseup.net

fim de novembro de 2012

 

 

Rizoma por Deleuze e Guattari (Introdução de Mil Platôs [Capitalismo e Esquizofrenia])

Rizoma – Deleuze e Guattari em pdf

 “Contra os sistemas centrados (e mesmo policentrados), de comunicação hierárquica e ligações preestabelecidas, o rizoma é um sistema a-centrado não hierárquico e não significante, sem General, sem memória organizadora ou autômato central, unicamente definido por uma circulação de estados. O que está em questão no rizoma é uma relação com a sexualidade, mas também com o animal, com o vegetal, com o mundo, com a política, com o livro, com as coisas da natureza e do artifício, relação totalmente diferente da relação arborescente: todo tipo de “devires”.”

Gilles Deleuze e Félix Guattari

Texto extraído de Mil Platôs (Capitalismo e Esquizofrenia) Vol. 1

 Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa

 1.INTRODUÇÃO: RIZOMA

 Escrevemos o Anti-Édipo a dois. Como cada um de nós era vários, já era muita gente. Utilizamos tudo o que nos aproximava, o mais próximo e o mais distante. Distribuímos hábeis pseudônimos para dissimular. Por que preservamos nossos nomes? Por hábito, exclusivamente por hábito. Para passarmos despercebidos. Para tornar imperceptível, não a nós mesmos, mas o que nos faz agir, experimentar ou pensar. E, finalmente, porque é agradável falar como todo mundo e dizer o sol nasce, quando todo mundo sabe que essa é apenas uma maneira de falar. Não chegar ao ponto em que não se diz mais EU, mas ao ponto em que já não tem qualquer importância dizer ou não dizer EU. Não somos mais nós mesmos. Cada um reconhecerá os seus. Fomos ajudados, aspirados, multiplicados.

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Quarta 28.11: Última reunião do Rizoma em período letivo!

28.11 quarta-feira às 18h no Espaço @quário vai rolar a última reunião, digamos, “ordinária” de 2012 da tendência. Todavia, apesar de estarmos no finzinho, muito teremos o que conversar… Qual será nossa atuação durante este período, o que pretendemos pro começo do ano que vem, quando será nossa próxima imersão (e também nossa festinha de fim de ano!)…

Participe!
Venha construir e reinventar uma alternativa libertária para o movimento estudantil!