Policiais brasileiros recebem treinamento de mercenários de guerra para a Copa

Notícia retirada do site Brasil de Fato:

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Policiais militares brasileiros e agentes da Polícia Federal receberam treinamento para ações “antiterrorismo” na Copa do Mundo da Fifa. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a empresa que treina os brasileiros, a americana Academi, é um novo nome da Blackwater, especializada em fornecer mercenários de guerra.

A Blackwater está envolvida em polêmicas. Ex-funcionários são acusados de assassinar 17 civis iraquianos em 2007. A Blackwater ficou conhecida por agir como exército terceirizado dos Estados Unidos, tendo atuado nas guerras do Iraque e Afeganistão, além de ter treinado integrantes do exército afegão.

O treinamento de três semanas a policiais brasileiros aconteceu na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, no centro da Academi. A empresa nega ser Blackwater e diz ter mudado a diretoria.

O curso teria sido pago pelo governo estadunidense e faria parte de uma série de ações de intercâmbio entre as forças policiais de ambos os países. Na semana passada, um grupo de 22 policiais militares e agentes federais brasileiros concluiu o treinamento de três semanas na empresa.

Projeto libera máscara em protesto, mas uso em crime terá pena maior

 

Black Bloc participaram do protesto no Rio de Janeiro (Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado marcou para esta quarta-feira (23) a votação de um projeto de lei que aumenta a pena para crimes cometidos durante manifestações populares. O objetivo é conter atos de vandalismo e violência. Um dos artigos prevê a liberação do uso de máscaras, que se tornaram comuns no ano passado – mas, se algum manifestante cometer algum crime utilizando o acessório, será punido com pena maior.

Independentemente do uso de máscaras, a atual versão da proposta, relatada pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), aumenta as penas para homicídio, lesão corporal e dano ao patrimônio público quando cometidos durante “manifestações públicas, concentrações populares ou qualquer encontro multitudinário [de multidões]”.

 

Grande Ato da Resistência Guarani SP

GRANDE ATO DA RESISTÊNCIA GUARANI SP – DEMARCAÇÃO JÁ!
24/04 às 17h no MASP

Nós, indígenas Guarani da cidade de São Paulo, chamamos a todos e todas para o Grande Ato da Resistência Guarani SP: Demarcação Já!, que acontecerá no dia 24 de abril a partir das 17:00, no MASP da Avenida Paulista.

Conheça a campanha no site da Comissão Guarani Yvyrupa:
http://campanhaguaranisp.yvyrupa.org.br/

Somos mais de 2.000 Guaranis na capital paulista, e lutamos pela efetivação da demarcação de nossas terras e reconhecimento de sua real extensão.

Desde 1980, quando foram reconhecidos os primeiros territórios tradicionais guaranis na cidade, buscamos corrigir a demarcação das áreas de ocupação e uso da terra pelo nosso povo.
Entre 2012 e 2013, a FUNAI aprovou relatórios que atestam o real limite dos nossos territórios. Apesar disso, ainda não tivemos nossos direitos garantidos, porque os processos de demarcação das TI’s Tenondé Porã e Jaraguá encontram-se barrados na mesa do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Agora só depende de sua assinatura.

A terra foi feita pelas divindades para todos os povos. Não é nossa, e não é dos brancos. Mas a verdade é que os brancos hoje se dizem donos de todos os lugares onde vivíamos no passado, e para nós não sobrou quase nada, e por isso hoje sofremos.

Contamos com todos e todas, parentes e juruás, para engrossar nossa luta no dia 24 e brigar junto conosco pela efetivação de nossos direitos, dos direitos dos povos indígenas, e contra esse processo histórico de expropriação e massacre pelo qual estamos passando.

Aguyjevete!

Confira também:

Assine nossa petição pela demarcação de nossas terras!
#AssinaLogoCardozo! https://secure.avaaz.org/po/petition/Ministro_da_Justica_Jose_Eduardo_Cardozo_Declaracao_das_Terras_Indigenas_Tenonde_Pora_e_Jaragua_na_Grande_Sao_Paulo/?nvFylhb

Lançamento da nossa campanha – 17/04 às 16h
https://www.facebook.com/events/1422297861354711/?ref=22

Polícia invade Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mais uma universidade foi palco de ações desastrosas da Polícia Militar (PM). Depois da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ser transformada em campo de guerra no final de março, dessa vez a repressão policial ocorreu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na madrugada de sexta (19) para sábado, terminando a ação com quatro estudantes detidos e vários feridos.

 

 

 

De acordo com uma nota divulgada pelos diretórios acadêmicos de educação física, enfermagem e história da UFRGS, a Escola de Educação Física (ESEF) da universidade sediava o 98º Conselho Nacional de Entidades de Enfermagem naquele dia. Perto das 1h30 do sábado uma viatura da PM se aproximou do portão e um policial avisou que haveria uma reclamação de som alto por parte da vizinhança. Ainda que os estudantes tenham encerrado a festa em razão da reclamação, a PM não se deu por satisfeita e exigia que sua entrada no campus fosse liberada.

 

 

 

Os estudantes e os seguranças patrimoniais terceirizados negaram, então, a entrada dos policiais. Minutos depois, a PM voltou ao portão da ESEF, dessa vez com três viaturas. Avisaram que haveria mais dez reclamações por som alto, ainda que a festa já tivesse sido encerrada. Tendo a entrada novamente negada, duas viaturas se retiraram do local. Porém, os estudantes que conversavam com a polícia foram surpreendidos por um ataque, pelas costas, de doze policiais que agiram com extrema violência contra os negociadores e imediatamente algemaram um dos estudantes. Em seguida os policiais passaram a dar cacetadas, socos e empurrões, a ameaçar os estudantes com armas apontadas, e a retirar celulares dos presentes.

 

 

 

Ao fim, quatro estudantes foram detidos, dois de educação física, um de história e uma de enfermagem – acusados de desacato, desobediência e resistência à prisão. Eles foram encaminhados à 8ª Delegacia de Polícia, e em seguida ao Departamento Médico Legal, sendo três deles liberados às 6h, e outro às 8h30, devido à necessidade de atendimento médico por causa das agressões policiais.   Os três diretórios acadêmicos envolvidos afirmam que a ação policial na UFRGS foi mais uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais, “sobretudo no período que sucede as grandes mobilizações de 2013 e inicio de 2014 e antecede à realização da copa do mundo, onde o Estado repressor já aponta suas armas para aqueles que ousam questionar a ordem barbarizante que rege nossa sociedade”.

http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=6739