“A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa” Marx, o barbudo.
Já vimos este filme antes, e sabemos o desenrolar da história.
Atropelando o processo já nada “democrático”, alguém – que se considera acima de todos os mortais – elege como reitor(a)aquele/a que não ocupa o primeiro lugar da feudal lista tríplice.
Quando o ocorrido foi na USP, o desenrolar da história foi cada vez pior. De invasão da PM no campus, eliminações e processos à câmeras espiãs por toda a usp – incluindo os refeitorios. Estamos todxs reféns de uma reitoria que veio, a toque de caixa, destruir a Universidade Pública, a livre criação artística e os direitos de manifestação política garantidos pela – tão santificada e nada revolucionária – constituição.
Desde já nos colocamos totalmente em apoio ao movimento grevista, e saudamos a atitude dos docentes e trabalhadores em apoiar ativamente as reivindicações, o que demonstra que os estudantes não estão isolados nessa luta, e que ela não é interessa somente a um setor da Universidade. Quando o mesmo ocorreu na USP, pagamos pela imobilidade dos outros setores, que nos apoiaram de maneire geral tão somente com palavras bonitas. Fato que facilitara a criação de uma imagem estigmatizada dxs estudantes da USP como baderneirxs que usam o dinheiro público para não estudar por parte da grande mídia. Este estigma foi e é mais uma das tantas barreiras que temos que enfrentar ao tentar construir um movimento forte, mas não desanimemos com a manipulação da mídia – esta possuí seus próprios interesses em quanto grupo social. E se mentem sobre nós, é porque combatemos suas políticas opressoras e a de seus aliados.
Nos colocamos em solidariedade e lado a lado para o que for preciso.E dizemos: Sigam fortes, sigam em luta!
Todo apoio à greve da PUC/SP!
Viva a ação direta e a solidariedade!
Saudações libertárias, Rizoma – Tendência libertária e autônoma
1. Na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, por determinação do Estatuto da Universidade e do Regimento da Fundação São Paulo, o Reitor é escolhido, em última instância, pelo cardeal, presidente da FUNDESP e Grã-Chancelar da Universidade.
2. Para tanto, há uma “consulta à comunidade acadêmica”, comumente chamada de “Eleição”.
3. Dessa “consulta à comunidade acadêmica” se retira uma “lista tríplice” e dessa lista o cardeal – por razões que lhe são asseguradas pelo próprio estatuto – escolhe o reitor.
4. Acontece que, ao longo dos últimos trinta anos, tornou-se costume escolher o primeiro nome da lista, dando a impressão equivocada de que a “consulta à comunidade” se configurasse uma “eleição” em termos de “democracia direta”.
5. A ideia de que a consulta fosse uma eleição era tão forte que os candidatos, entre eles, assinavam um carta de compromisso garantindo que não aceitariam a nomeação em caso de o cardeal não escolher o primeiro. No entanto, tal documento não tem nenhuma validade assegurada no estatuto.
6. Nesse ano, numa atitude inesperada, o cardeal resolver não escolher o primeiro da lista tríplice, mas o último. E, pra piorar, a candidata nomeada pelo cardeal tomou posse, mesmo assinando a lista de compromisso. Esses dois atos – cardeal não indicar o primeiro da lista e a nomeada assumir a reitoria – deu uma puta mal impressão na comunidade acadêmica, já que ele quebrou uma “suposta tradição democrática”.
Obrigado! A sua nota de apoio e mais 31 outras foram publicadas em http://www.democraciapuc.com/apoiadores