Quem tem medo da autogestão?

Retirado de: http://cecscoletivo.blogspot.com.br/2012/11/quem-tem-medo-da-autogestao.html

Por CECS UFRGS

 (ou o Bicho de 7 cabeças dos Cientistas Sociais)
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Autogestão não funciona, ela estagnou o curso, é coisa de “anarco”, em casa de C.A. de luta não entra. Ou qualquer outro argumento que  vá desqualificar e criar um mito que Autogestão é coisa de maluco e gente que não quer se organizar.
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Autogestão são formas de organização que tem como base a auto organização dos indivíduos, ou seja, que cada um assuma para si espaços que são controlados por alguns, seja no trabalho como Cooperativas, seja no governo como em uma Comuna, ou, no nosso caso, enquanto um C.A horizontal, autônomo e coletivo.
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Essas características não trazem consigo desorganização, tudo depende do objetivo e do formato que o grupo se propõem. Não podemos dizer que exista um modelo certo de Autogestão, mas sim experiências práticas, ou seja,  Autogestão não é igual, cada grupo se organiza de um jeito, em torno de uma prerrogativa mínima: não existem líderes nem hierarquias. Todos são responsáveis por aquilo que se propuseram fazer juntos, e isso não quer dizer “todo mundo fazendo tudo toda hora”, ou “é de todos, logo, não é de ninguém” e sim que a partir das disponibilidades de cada um, todos se comprometam com aquilo que podem fazer, sendo responsabilidade coletiva cobrar por essa colaboração individual para o fim comum.
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Sendo assim, nossa proposta de Autogestão não é profanar com a Organização, para nós Organização e Autogestão caminham juntas. Para coletivizar nosso Centro Acadêmico, não faremos sozinhos, é necessário muito mais que a participação em uma gestão. É necessário que cada um seja responsável pelos rumos e caminhos a serem trilhados enquanto grupo. É um pouco mais trabalhoso, mas autonomia e liberdade possuem uma contrapartida, que pode não ser tão pesada quanto parece se todos decidem embarcar juntos na mesma jornada.
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Portanto, quem tem medo da Autogestão é quem tem medo de perder poder, e nós não queremos conservar e concentrar esse poder, mas sim dividir e criar novas relações de poder no cotidiano do curso.
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Assim, queremos explicar como pensamos em acabar com as coordenações sem acabar com o Centro (?) Acadêmico.
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Na apresentação abaixo “desenhamos” as instâncias que estamos pensando para o CECS.