Acredito no poder do (A)mor

Eu acredito no poder do amor
mas eu acredito na boa violência
a fúria destruidora que arrasa o velho
o podre, o corrompido, o incorrigível
o molotov que queima e purifica
o soco na cara, uma barra de ferro
na cabeça careca de um nazi
o povo revoltado derrubando seu governo
superando em número e força
os aparatos repressivos
a explosão de sangue e adrenalina
a velocidade frenética das chamas
que queimam vitrines
eu queria acreditar que basta amor
para mudar o mundo
mas eu não posso
ser tão inocente

[Victor Pinduca]