Estudantes da UEM entram em greve e ocupam a reitoria

Via Greve Estudantil UEL

Reunidos em assembleia os estudantes da Universidade Estadual de Maringá deflagraram, assim como os estudantes da UEL e UNESPAR, greve estudantil por tempo indeterminado. Além disso, decidiram ocupar a reitoria da universidade até a realização de uma nova assembleia no dia de hoje, 04/03.

Hoje, portanto, haverá uma nova conversa com a reitoria e o movimento grevista decidirá se continua ou não a ocupação da reitoria da Universidade.

Além de lutarem contra o desmonte da educação pública, entre as principais demandas dos estudantes da UEM está a conclusão das obras do Restaurante Universitário que está fechado há anos para reforma sem data de previsão para conclusão das obras.

 

Nota de apoio ao SINTUSP

       Há quase quatro anos sem fazer greve, o SINTUSP segue em uma mobilização que persiste há mais de dois meses em resposta ao 0% que a reitoria ofereceu de reajuste salarial. Com a realização de diversas atividades e constantes assembleias de base lotadas, observa-se a massificação do movimento com um amplo respaldo entre todas/os as/os funcionárias/funcionários. Além disso, a luta segue radicalizada através de trancaços, piquetes e atos de rua demonstrando a força que as/os trabalhadoras/trabalhadores enxergam na ação direta como método de luta e resistência.
Entretanto, na última semana, houveram duas incisivas ofensivas da REItoria contra a mobilização legitima das/dos trabalhadoras/trabalhadores. O REItor do diálogo (Zago), em conjunto com os burocratas da universidade e com o amparo do Governo do Estado em parceria com a justiça burguesa, recusa-se a negociar com os trabalhadores. Ao contrário, ameaça seus salários e seu direito de greve com a força policial.
No início da semana foi expedido um ofício interno pelo CODAGE (Coordenadoria de Administração Geral) no qual era evidente o pedido para que os chefes das unidades apontassem as/os trabalhadoras/trabalhadores grevistas a fim de cortar seus salários. Logo na sexta-feira, 25 de julho, a REItoria informou que o Tribunal de Justiça de São Paulo havia solto uma liminar de reintegração de posse de prédios da USP onde a entrada havia sido bloqueada por piquetes, afirmando inclusive que forças policiais poderiam ser utilizadas para isso. (Saiba mais em: educacao.estadao.com.br/noticias/geral,usp-consegue-liminar-na-justica-para-impedir-piquetes-de-grevistas,1533969)
Em âmbito nacional, a repressão aos movimentos grevistas e as manifestações se intensificaram durante o ano e principalmente após o início da copa do mundo. Este fato pode ser demonstrado por meio da prisão de vários ativistas no Rio de Janeiro e em São Paulo, inclusive de Fabio Hideki que é estudante e funcionário da USP.
No estado de São Paulo não é diferente. A exemplo temos a repressão policial que sofreu a greve das/dos metroviárias/metroviários, a qual culminou com o saldo de diversas demissões em resposta a intensificação da luta de classes. O mesmo tratamento parece estar destinado ao SINTUSP, porém isso só demonstra que quando as/os de baixo se movimentam os de cima tremem, por isso a greve das/dos trabalhadoras/trabalhadores da usp é atualmente a mais forte e duradoura greve no estado de São Paulo!
Nós, do Rizoma, entendemos que é fundamental o fortalecimento da greve do SINTUSP, principalmente em seus piquetes, evitando que os cães do Estado sejam mandados para calar a voz daqueles e daquelas que lutam.

Resistência e Solidariedade!

Salud.

Acredito no poder do (A)mor

Eu acredito no poder do amor
mas eu acredito na boa violência
a fúria destruidora que arrasa o velho
o podre, o corrompido, o incorrigível
o molotov que queima e purifica
o soco na cara, uma barra de ferro
na cabeça careca de um nazi
o povo revoltado derrubando seu governo
superando em número e força
os aparatos repressivos
a explosão de sangue e adrenalina
a velocidade frenética das chamas
que queimam vitrines
eu queria acreditar que basta amor
para mudar o mundo
mas eu não posso
ser tão inocente

[Victor Pinduca]