EM 2015 A LUTA CONTINUA!

Fim de férias. Fim de carnaval. Nós estudantes voltamos às aulas e à USP.

Encontramos em 2015 uma nova conjuntura. Uma conjuntura difícil, nascida das medidas da reitoria, que cada vez mais explicita seu projeto de precarização do trabalho e da permanência estudantil.

O PIDV (Plano de Demissão Voluntária para trabalhadores/as imposto pela reitoria em 2014) começa a exibir seus frutos. Mil e quinhentos trabalhadores/as aderiram ao plano e não houve novas contratações, assim, setores como os hospitais universitários e os bandejões sobrecarregam ainda mais as/os funcionárias/os que restam. Historicamente, fica claro que este processo que a reitoria impulsiona, de criar uma necessidade crítica de mão-de-obra, é a pavimentação de um caminho para a exploração do trabalho terceirizado, privatizado, cujas/os trabalhadoras/es estão muitas vezes desprovidas/os de sindicatos combativos que possam mobilizar a categoria e fazer frente às longas jornadas de trabalho, horas-extra mal pagas e salários baixos.

Nesse retorno à universidade encontramos também o fechamento de um bandejão! O bandejão da prefeitura foi silenciosamente fechado durante as férias, com o argumento de que faltam funcionárias/os. A reitoria cria a causa e impõe a “solução” que serve a seus interesses!

E nessa mesma linha de precarização do trabalho e da permanência estudantil, a reitoria anunciou em Janeiro desse ano o congelamento das vagas nas creches universitárias. Mães trabalhadoras e estudantes terão ainda mais dificuldades para trabalhar e estudar sem um lugar para deixar seus filhos! Além disso, desde abril de 2014 se sabe parte do acervo da biblioteca da FFLCH esta contaminado colocando em risco a saúde de trabalhadoras/res e alunas/nos. A diretoria da FFLCH se mantém intransigente para buscar uma solução para o problema, portanto, a partir de segunda-feira (22/03) está programada uma paralisação das/dos trabalhadoras/res.

Começamos 2015 também com o avanço da repressão por parte das reitorias: dezessete (17) estudantes da UNESP foram expulsas/os por lutar! Em defesa da moradia estudantil, ocuparam a diretoria de Araraquara e a reitoria respondeu com a polícia militar e expulsões! A luta pela permanência estudantil é comum às/aos estudantes de todas as universidades e devemos nos solidarizar e nos mobilizar pelas/os compas da UNESP. (ver mais em https://rizoma.milharal.org/2015/02/02/nota-de-solidariedade-pela-imediata-reintegracao-d_s-17-estudantes-expulso_s-da-unesp-araraquara/)

Mas contra tudo isso vem a nossa resposta! Devemos nos mobilizar e continuar na LUTA contra aquilo que esperamos da reitoria! As/Os trabalhadoras/es já estão se mobilizando contra as difíceis condições de trabalho, o fechamento do bandejão e já realizaram um ato contra o congelamento das vagas das creches. O movimento estudantil tem que voltar preparado para a luta em um ano difícil! Devemos nos organizar em cada curso, em cada faculdade, em cada Centro Acadêmico por toda a universidade. Só unidos e organizados podemos constituir o poder popular e estudantil!