Nota de apoio ao SINTUSP

       Há quase quatro anos sem fazer greve, o SINTUSP segue em uma mobilização que persiste há mais de dois meses em resposta ao 0% que a reitoria ofereceu de reajuste salarial. Com a realização de diversas atividades e constantes assembleias de base lotadas, observa-se a massificação do movimento com um amplo respaldo entre todas/os as/os funcionárias/funcionários. Além disso, a luta segue radicalizada através de trancaços, piquetes e atos de rua demonstrando a força que as/os trabalhadoras/trabalhadores enxergam na ação direta como método de luta e resistência.
Entretanto, na última semana, houveram duas incisivas ofensivas da REItoria contra a mobilização legitima das/dos trabalhadoras/trabalhadores. O REItor do diálogo (Zago), em conjunto com os burocratas da universidade e com o amparo do Governo do Estado em parceria com a justiça burguesa, recusa-se a negociar com os trabalhadores. Ao contrário, ameaça seus salários e seu direito de greve com a força policial.
No início da semana foi expedido um ofício interno pelo CODAGE (Coordenadoria de Administração Geral) no qual era evidente o pedido para que os chefes das unidades apontassem as/os trabalhadoras/trabalhadores grevistas a fim de cortar seus salários. Logo na sexta-feira, 25 de julho, a REItoria informou que o Tribunal de Justiça de São Paulo havia solto uma liminar de reintegração de posse de prédios da USP onde a entrada havia sido bloqueada por piquetes, afirmando inclusive que forças policiais poderiam ser utilizadas para isso. (Saiba mais em: educacao.estadao.com.br/noticias/geral,usp-consegue-liminar-na-justica-para-impedir-piquetes-de-grevistas,1533969)
Em âmbito nacional, a repressão aos movimentos grevistas e as manifestações se intensificaram durante o ano e principalmente após o início da copa do mundo. Este fato pode ser demonstrado por meio da prisão de vários ativistas no Rio de Janeiro e em São Paulo, inclusive de Fabio Hideki que é estudante e funcionário da USP.
No estado de São Paulo não é diferente. A exemplo temos a repressão policial que sofreu a greve das/dos metroviárias/metroviários, a qual culminou com o saldo de diversas demissões em resposta a intensificação da luta de classes. O mesmo tratamento parece estar destinado ao SINTUSP, porém isso só demonstra que quando as/os de baixo se movimentam os de cima tremem, por isso a greve das/dos trabalhadoras/trabalhadores da usp é atualmente a mais forte e duradoura greve no estado de São Paulo!
Nós, do Rizoma, entendemos que é fundamental o fortalecimento da greve do SINTUSP, principalmente em seus piquetes, evitando que os cães do Estado sejam mandados para calar a voz daqueles e daquelas que lutam.

Resistência e Solidariedade!

Salud.