O Gfau na última semana divulgou duas notas importantíssimas. Na primeira revela que devido à reforma na cobertura do prédio, existe uma possibilidade, defendidas pelxs professorxs, de esvaziar o prédio durante este período. Na segunda, ainda mais grave, informa acerca da organização de uma sindicância que poderá ser aberta pela administração da FAU contra o grêmio, devido a alguns problemas no Piso do Museu, administrado pelxs estudantes.
É significativo que os espaços estudantis da FFLCH, ECA e FAU estejam sendo atacados constantemente nos últimos tempos. São estudantes que ainda demonstram resistência e luta política, sendo protagonistas da última greve. O cerceamento de seus espaços é uma ataque direito a suas possibilidades de organização. É preciso lutar fortemente por esses territórios!
Seguem as notas publicadas pelo GFAU:
“No dia 30 de agosto foi feita uma reunião extraordinária do Conselho Técnico Administrativo (CTA) da FAU pra discutir os impactos da reforma da cobertura.
A poeira e o barulho tem prejudicado não apenas o andamento de todas as atividades na FAU, como também a saúde dos funcionários (especialmente os terceirizados da limpeza), estudantes e professores.
Tendo isso em vista, a principal proposta defendida pelos professores na reunião foi a saída do edifício e realização das atividades letivas em outras unidades da USP – de acordo com a oferta de espaço disponível – até o término da obra. Isso seria feito ainda esse semestre, possivelmente mês que vem.
No entanto, o edifício da FAU está diretamente relacionado ao projeto de escola proposto. Ele carrega um significado único para o ensino de arquitetura no Brasil. Além disso, o funcionamento das atividades aqui realizadas seria inviabilizado. Não teríamos fácil acesso à biblioteca, os departamentos poderiam ficar separados em diferentes prédios e não teríamos contato com a administração da FAU. Não teríamos estúdios, o piso do museu, o salão caramelo e nenhum dos espaços de vivência dos estudantes. Seria uma outra formação.
Além de tudo, como estudantes da FAU, a nossa relação com este lugar torna importante a nossa participação e acompanhamento da reforma. As propostas colocadas por pessoas que não tem a mesma proximidade com este espaço muitas vezes desconsideram detalhes intrínsecos ao projeto.
Levando em conta a questão sob todos esses aspectos é importante que nos juntemos para tirar algum posicionamento. Foi marcada para a sexta feira, dia 13, a próxima reunião do CTA em que será decidido o posicionamento do órgão a ser levado para a congregação. No dia anterior será feita uma apresentação para a comunidade FAU sobre o tema. Assim, é necessário que essa discussão se inicie na segunda-feira para a arquitetura e para o design. Contamos com a presença de todos.”
31-08
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“Na última semana soubemos que a administração da FAU está organizando a abertura de uma sindicância contra o GFAU.
Trata-se de um processo administrativo que visa apurar todos os problemas de segurança, como furtos e depredações, gerados pelas atividades que ocorreram no Piso do Museu. Refere-se principalmente aos roubos ocorridos em um repiauer realizado ainda no começo do ano e organizado por um grupo dos estudantes.
A sindicância visa, portanto, delinear os problemas de segurança que ocorrem no Piso do Museu, cuja gestão que há muito pertence ao GFAU foi fixada no fórum do plano diretor de 2011. Logo, vemos que seu intuito é desqualificar a gerência do piso criando uma justificativa para retirá-lo da gestão dos estudantes e colocá-lo sob administração da diretoria.
A perda do Piso dos estudantes representa uma séria mudança na vida da comunidade FAU. Isso afetaria diretamente a possibilidade de organização os estudantes e suas atividades, que ficariam submetidos ao aval da burocracia e pela dinâmica de funcionamento da FAU. Além disso seria também comprometida a existência da Cooperativa Monte Sinai, da papelaria do Mário, da gráfica e do livreiro.
Representa ainda uma ameaça ao espaço de reunião do GFAU, da atlética, outros grupos estudantis e à vivência. A perda desse espaço implica na inviabilização das atividades do GFAU e atlética, cuja renda provém dos aluguéis do piso e festas (proibidas na USP por diretriz da reitoria).
Além disso, os estudantes já realizaram discussões e tomaram iniciativas com o intuito de melhorar a organização dos repiauers e ressarcir os danos causados a qualquer locatário do Piso do Museu. Assim, repudiamos a culpabilização do GFAU por fatos que já foram discutidos e remediados dentro do âmbito organizacional dos estudantes.
E, no sentido de preservar e manter os espaços e usos que desejamos e que fazem parte da nossa formação, nos colocamos contrários à retirada do Piso do Museu da gestão estudantil.”
03-08