QUANDO:
[HOJE] Segunda-feira (23/06)
ONDE:
Prainha da ECA
HORÁRIO:
13h00
QUANDO:
Terça-feira (24/06)
ONDE:
Vão Livre do MASP
Horário:
17h00
Exigimos que seja este o Projeto de Lei a ser implementado na USP:
PL de Cotas
Evento no Facebook:
https://www.facebook.com/events/716303091760869/?ref=25
Via Ocupação UNESP Araraquara 2014
Como é sabido, na madrugada do dia 30 de maio, conforme deliberado em Assembleia Geral Estudantil da FCLAr, ocupamos a diretoria da unidade. A ação se deu pela total falta de diálogo e compromisso da direção com as políticas de permanência e pelo uso de ações repressivas e autoritárias contra os estudantes. Desde o início, essa gestão é caracterizada por inúmeras sindicâncias, falseamento de demandas e falta de seriedade para com as reivindicações estudantis.
A revogação das 38 expulsões de estudantes da moradia estudantil é nossa reivindicação mais urgente, além do corte massivo de outros auxílios como auxílio-aluguel, auxílio-alimentação e bolsa BAAE-I. São medidas provenientes de um processo seletivo arbitrário, incoerente e que ao contrário das declarações do diretor da unidade, Arnaldo Cortina, não conta com a participação ampla dos três setores da universidade: professores, funcionários e estudantes, mas concentra-se nas mãos do vice-diretor e assistente social. Entendemos que o processo seletivo e seus critérios contradizem totalmente a sua única intenção, a de atender aos estudantes socioeconomicamente carentes, impossibilitando sua permanência na universidade.
Também é pauta nossa o fim dos processos administrativos e judiciais contra os estudantes, pela própria luta que se trava aqui e, noutros episódios, motivados pela censura de qualquer manifestação artística ou política. Clamar pela retirada destes processos significa denunciar a posição altamente repressora da gestão Arnaldo Cortina e Cláudio Paiva, que resolve com a justiça civil e polícia assuntos políticos da universidade.
A ocupação se deu primordialmente pela exigência de diálogo com a direção, que até então, era negligenciado. A congregação extraordinária chamada no dia seguinte à ação quebrou protocolos de divulgação e de votação, além de ser ilegítima por conta da greve docente vigente, que retira o poder de deliberação dos órgãos colegiados, e já escancarava a intenção da direção de autorizar a invasão policial para reintegração de posse antes de qualquer tentativa de diálogo. Apesar disso, a resistência dos estudantes ao continuarem ocupados forçou uma primeira negociação; porém, o que se viu foi uma falsa vitória. Nesta reunião, evidenciou-se a indisposição da direção a negociar as nossas pautas, além da falta de compromisso, visto a ausência do vice-diretor e da assistente social, responsáveis pelas políticas de permanência estudantil. Apesar do compromisso de continuidade das negociações, essas nunca se deram. Quando os diretores foram procurados e indagados sobre essa promessa anterior, mais uma vez foram escancaradas a intransigência e a arbitrariedade desta gestão. Exaltado, o vice-diretor proferiu ofensas graves aos estudantes: “EU NÃO NEGOCIO COM INVASORES DE MERDA”.
Depois desta última tentativa de negociação, ficou claro para os estudantes em luta e ocupados que, para os gestores desta unidade o diálogo se dá com força policial.
Às 5h da madrugada do dia 20/06, 3 semanas após a referida deliberação da assembleia, os estudantes foram surpreendidos com a presença da tropa de choque dentro da direção ocupada, forte e descabidamente armados para cumprimento da reintegração de posse, autorizada pelo diretor e incentivada por grande parte do corpo docente. Eles foram encaminhados para a 4ª D.P. de Araraquara, onde foram qualificados e liberados depois de algumas horas.
O triste desfecho desta ocupação evidencia qual é o projeto antidemocrático de universidade que estamos vivendo e quais as consequências deste que estamos sofrendo: arbitrariedade, autoritarismo, autocracia gestionária, total desacordo com os princípios humanísticos da universidade e desrespeito à classe estudantil e à sua autonomia política.
Essa política do “diálogo” somente com a força policial não é nova para o campus de Araraquara, visto que esse foi palco de teste da intervenção da PM na universidade em 2007. Foi no campus da Unesp de Araraquara que a polícia entrou pela primeira vez na universidade após a redemocratização, justamente para retirar a força os estudantes que ocupavam a diretoria da unidade, que coincidentemente lutavam por educação pública, gratuita e de qualidade. Esses estudantes criminalizados em 2007 lutavam contra os decretos do Serra que minariam a autonomia universitária, a mesma que nas mãos unicamente dos docentes com o poder de decisão de 70%, autorizou a entrada da PM no campus para reprimir estudantes. Agora vemos nossos 3 REItores das estaduais paulistas proferindo discursos pró mantimento da autonomia universitária nos jornais, sim, os docentes nunca foram contrários a perda da autonomia, mas são eles os gerenciadores da privatização. E se agora conclamam a sagrada autonomia (não para garantir que a política possa ser realizada livremente no espaço da universidade), denunciando a alteração do modelo universitário, é para garantir que não percam com a finalização do processo de privatização seus cargos de gerenciadores, que seriam melhores preenchidos pelos já gerenciadores dos bancos, da indústria e da grande mídia que estão comprando a universidade pública.
Lutar por política de permanência estudantil é lutar contra o processo de privatização da universidade, ao qual não cabe tal política, ao qual o ensino não será mais que uma mercadoria.
OS ESTUDANTES EM LUTA.
A LUTA CONTINUA!
DATA:
19/junho (quinta-feira)
HORÁRIO:
15h
LOCAL:
Concentração na Praça do Ciclista
Texto do Evento:
No dia 19 de junho, tomaremos novamente às ruas para dizer que nossa luta não acaba até destruir a última catraca.
Enquanto os de cima calculam os lucros da Copa, os de baixo sofrem com os incontáveis abusos que esse megaevento trás, que só reforçam a lógica autoritária de cidade que vivemos todos os dias. Há anos a gente ouve do governo que não tem dinheiro pra tarifa zero. Só que olhando apenas para depois de junho do ano passado, o poder púbico gastou milhões com repressão e com obras para carros. Isso além do dinheiro destinado a um tipo de cidade e um tipo mobilidade para a copa – e não para o povo.
Nenhum real vai para resolver um dos principais problemas do transporte: a tarifa! E, ainda por cima o governo e a Fifa decidem dar Tarifa Zero pros torcedores de algumas cidades. Tem Tarifa Zero pra quem tem grana pra comprar ingresso, mas não tem pra quem não pode pagar a tarifa!
No dia de comemoração da derrubada dos 0,20, saíremos da Praça do Ciclista, na esquina da Paulista com a Consolação, e seguiremos até à Marginal Pinheiros, onde vamos construir juntos uma festa que represente o nosso modelo de cidade: construída pelo povo e para o povo. Retomaremos à cidade dos ricos, assim como a população de São Paulo fez no Churrascão da Gente Diferenciada e nos Rolezinhos. Com arte, futebol popular e catracas em chamas para serem puladas à vontade, ocuparemos um símbolo de uma cidade cidade que não é feita para nós.
No mês mais catraqueiro do ano, deixaremos nosso recado nas ruas: agora o povo é quem vai mandar no transporte!
MANIFESTAÇÃO POR TARIFA ZERO NA COPA!
19.06,QUINTA
CONCENTRAÇÃO às 15h
NA PRAÇA DO CICLISTA
SEGUIREMOS EM ATO ATÉ A MARGINAL PINHEIROS,
ONDE SERÁ REALIZADA UMA FESTA POPULAR DE RETOMADA DA CIDADE, PRÓXIMO À ESTAÇÃO PINHEIROS.
COM A LUTA CONQUISTAREMOS UMA VIDA SEM CATRACAS!
+ http://tarifazero.org/
+ http://saopaulo.mpl.org.br/