No dia 24 de agosto, fizemos um grande ato que reuniu mulheres trabalhadoras e estudantes da USP para denunciar os casos de estupro que tem ocorrido pedindo que a PM machista se retire do campus. Uma vez que a mesma instituição que mata nas periferias todos os dias e que violenta mulheres não pode ser sinônimo de segurança nem para mulheres, nem para ninguém.
Mas como toda mobilização que é séria e que tem potencial vem seguida de repressão, dessa vez não foi diferente: pretende-se usar imagens captadas pelas câmeras da guarda universitária para identificar as mulheres que fizeram pixações durante o ato.
Essa medida repressiva é uma afronta! É incrível como quando denunciamos estupros somos imediatamente colocadas em dúvida para a “averiguação do caso” e as câmeras de vigilância nunca captam nada que possa servir de defesa às mulheres violentadas, mas quando é para reprimir nosso movimento as câmeras passam a ter eficácia. Afinal, qual é a função real das câmeras na universidade?
A manifestação das mulheres que ocorreu nessa última segunda feira expressa a insatisfação e a necessidade de todas as mulheres que organizadas decidiram por este ato, sendo absurda a possibilidade de punição de mulheres isoladas que se manifestavam também contra a situação de vulnerabilidade em que a reitoria nos coloca: sem circulares suficiente para a locomoção segura dentro do campus, sem iluminação facilitando a ação de estupradores, por exemplo. Não podemos deixar mais esse ataque passar!
Todas à plenária de mulheres do dia 31 de agosto para decidir nossos próximos passos de forma a responder à mais esses ataques!
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