Nós, do Rizoma, queremos saudar nessa data, tod_s _s trabalhador_s que vêm construindo lutas tão importantes nos últimos tempos!
Enfrentamos agora um período de acirramento na luta de classes, em que o Estado e os patrões, frente à crise econômica de sua criação, buscam explorar ainda mais a classe trabalhadora de diversas formas: com arrocho salarial, demissões e terceirizações.
Em 2014 muitas categorias responderam aos ataques do Estado e dos patrões com greves e paralisações, como a de garis, de metroviári_s, de motoristas e de cobrador_s, de bancári_s e de trabalhador_s das universidades estaduais. Em 2015 o cenário não mudou, começamos o ano com greve de trabalhador_s da volkswagen, da GM e da Mercedes,… Professors do estado já estão em greve há mais de um mês contra o pesadelo do 0% de reajuste e da histórica precarização de suas condições de trabalho.
Devemos agora, mais do que nunca, cerrar fileiras com nossas companheiras e companheiros trabalhador_s e estudantes, e mostrar ao Estado e à patronal que NÃO TEM ARREGO. Se o Estado não está temeroso, deveria ficar. Governantes e burgueses, mesmo com a polícia e seus juízes, subestimam o poder de organização e mobilização da classe trabalhadora. Subestimam a força da classe.
É fundamental que o movimento estudantil reconheça agora sua importância nessa luta. Que o movimento estudantil retome sua importância histórica de travar essa batalha lado a lado com a classe trabalhadora.
Mesmo porque os ataques também chegam para a categoria estudantil. Vemos ataques diretos como corte de bolsas e vagas de moradia. Frente à tal crise da universidade (que, evidentemente existe para além desta), somos nós que pagamos a conta. As demissões de trabalhador_s na universidade refletem diretamente na permanência estudantil com o fechamento de bandeijões e o corte de vagas nas creches. Além disso, somos as/os estagiári_s que muitas vezes suprem a carga de trabalho de funcionári_s demitid_s.
Como se não bastasse, o Estado quer nos explorar ainda mais, através do PL4330, ampliando a terceirização da força de trabalho. Não podemos fechar os olhos para este específico ataque que atinge toda a classe trabalhadora, já que nós, estudantes, se já não estamos logo estaremos ingressando no mercado de trabalho. Precisamos somar na luta contra o PL 4330 ao lado de trabalhadoras e trabalhadores em luta.
Não podemos ver o cerco fechar contra a luta da classe trabalhadora de braços cruzados. Dentro da universidade, devemos responder a esses ataques não apenas com apoio às greves e mobilizações da classe, mas construindo a luta conjuntamente. Se trabalhador_s da universidade paralisam, é preciso que estudantes também paralisem.
Fora da universidade, o Rizoma convoca estudantes a comporem as atividades da greve de professor_s do estado, bem como as mobilizações nacionais contra a terceirização.
Dentro do estudantil precisamos ter unidade pelas pautas classistas do nosso movimento.
Será com COTAS RACIAIS E SOCIAIS que veremos a classe trabalhadora cada vez mais dentro da universidade.
Será com PERMANÊNCIA ESTUDANTIL que conseguiremos manter pobres e negr_s na universidade e não deixaremos o funil da elitização mudar de quem entra para quem consegue existir e se formar na universidade.
E só teremos permanência estudantil se nos aliarmos com os trabalhadores na pauta de CONTRATAÇÃO JÁ, e que esta não seja feita via terceirização.
Devemos construir a luta com ações radicalizadas, democracia direta, greves e paralisações.
Vamos pra cima!
Rizoma, 1º de maio de 2015