Xs estudantes da UNESP-Ourinhos estão em greve desde o dia 17 de abril, devido ao não pagamento de suas bolsas-moradia, atrasado há mais de dois meses. Além delxs, desde o dia 22 estudantes da UNESP-Marília também estão em greve, ocupando a diretoria da universidade e o restaurante universitário, até que sejam revistas as bolsas de auxílio sócio-econômico que, de repente, diminuiram, fazendo com que haja casas na moradia com mais de 10 estudantes!
Era de se esperar que uma universidade que trata dessa maneira a permanência estudantil aprovasse o PIMESP, programa de “inclusão” de estudantes pobres criado pelxs ricxs do PSDB. Agora falta o posicionamento da USP e da UNICAMP que devem seguir no mesmo caminho.
Precisamos nos articular nesta luta estadual para barrar este projeto segregador!
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O Conselho Universitário da Unesp, em reunião ordinária no dia 25 de abril, após receber manifestações das congregações das Unidades Universitárias, encaminhadas para uma comissão da Câmara Central de Graduação criada para discutir o Pimesp (Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista) proposto pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), deliberou ser favorável às metas de inclusão social do Programa. Elas estabelecem que ao menos 50% das matrículas em cada curso e em cada turno deverão ser ocupadas por alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dentro dessa meta, o percentual de negros, pardos e indígenas deverá ser, também no mínimo, 35%, valor verificado para a população do Estado de São Paulo no Censo Demográfico de 2010 realizado pelo IBGE. As metas deverão ser atendidas ao longo de três anos a partir de 2014.
O Conselho Universitário solicitará ao Cruesp informações mais detalhadas sobre uma das estratégias propostas para atingir as metas: o Instituto Comunitário de Ensino Superior (ICES). Em parceria com a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), ele possibilitaria a oferta de cursos superiores sequenciais com duração de dois anos, que atenderiam 40% do total das metas étnico-sociais. Essas informações, segundo o Conselho, seriam importantes para fundamentar o processo de discussão do Pimesp que continua ocorrendo nas Congregações da Unesp.
(retirada de: http://www.unesp.br/#!/noticia/10727/unesp-aprova-metas-de-inclusao-social-do-pimesp/)